8 de julho de 2011

Sobre tempo.

Te falar que achava estranho quem trabalhava e falava sempre: "Não tenho tempo pra nada.". 

Hoje me SOLIDARIZO. Porque né, estou nessa condição. De chegar ao ponto de no sábado querer dormir a ter que ir pra rua. Jornada de trabalho (incluo aqui, locomoção também) é desleal. RISOS.

Dignifica o homem? Talvez. Amadurece? Com certeza. Cansa? Pra caramba. Cheguei à idade adulta. Será?

28 de junho de 2011

Simplicidade

É isso que quero na minha vida.
E olha, como é complexo conseguir isso...
Simplicidade é ficar o dia todo só conversando com quem vc ama e nem se importar com o tempo. Ficar rodando no shopping sem comprar nada, numa companhia agradável. É provar comida japonesa, mesmo sabendo que vai odiar, só porque sua amiga falou pra vc provar. É repartir uma pizza e se empaturrar. É rodar o shopping mais uma vez, só pelo prazer de conversar. É se perder no shopping. Como? Eu não sei.

É compartilhar ideias, pensamentos, conclusões, gostos, afinidades, tentações. Ui.

É ter a surpresa que o ônibus pra voltar passa em frente a sua casa e você nem desconfiava. É ver que você se equivoca ao achar que não tem nada em comum, mas na verdade você é igual a ela. IGUAL.

Simplicidade. Isso que eu quero pra minha vida.
Com a Carol, isso é simples.

23 de junho de 2011

Sobre batismos

Daí que tenho uma amiga super-animada com minha novidade. "Sempre quis ter um amigo gay", foi o que ela disse, entusiasmada ao extremo. Achei fofo quando ela disse assim: "E olha que eu tinha e não sabia".

Tem sido ótimo. E tende a melhorar. Mas surgiu uma dúvida dela, que rapidamente achei engraçadíssimo. 

"Nando, você já tem nome de guerra?"

Como se todo viado tivesse um, rs. Embarquei na loucura e ficamos nós, em busca de um pseudônimo a altura. Após várias sugestões saiu um MONIKE LOUISE. Me perdoe se você tem esse nome e caiu de pára-quedas por aqui. Ainda é uma parcial, não uma escolha definitiva. Provavelmente teremos um plebiscito.

Gosto de NATANY e de CLARETE. Alguém dá mais uma sugestão?

18 de junho de 2011

Sobre ser rico

Sempre foi uma pessoa muito cercada de outras pessoas. Não chegava a ser popular, mas sempre tive trânsito livre em todos os lugares. Gosto das pessoas e as pessoas gostam de mim. Sem falsidade, gosto disso, de despertar simpatia, de ter simpatia. Pois bem, sei que nem todos os conhecidos são amigos. E é melhor que não sejam. Em uma mão, eu posso contar os amigos que tenho, de verdade, que me apoiam, que me criticam quando necessário, que me choram, que me riem.

E três dedos são especiais. São amigos antigos, de longa data. Que quando precisei ouvir algo de bom, ouvi algo de maravilhoso. E por não falar muito disso, sempre me senti meio frio com eles. Nos últimos tempos isso tem sido diferente, chego a ser inconveniente já, rs.

Mas não tenho medo de ser ridículo. Eles sabem quem são. Amo mesmo. São o meu tesouro.

E tenho pra mim que a relação com eles só tende a melhorar. Melhor que fazer novas amizades, é renovar as antigas.

Com eles, eu vou pra cadeia. 
Pronto, já posso escrever um dramalhão mexicano.

15 de junho de 2011

Sobre trilhas sonoras.

Acredito fielmente que aquilo que escutamos é o que reflete nossas vontades, naquele momento.
Tenho escutado muito Charlie Brown J. E não, não quero pegar o baseado mais próximo, muito menos andar de skate ou virar um menino de Santos. Mas super me identifico com suas músicas, apesar de não ser um jovem rebelde, nem ter sido um. Longe disso.

Gosto das loucuras das músicas. Da sensatez sem pieguice. Confesso, da voz do Chorão. Mideixem.

"Só os loucos sabem" é a trilha sonora da minha vida nos últimos dias das últimas semanas. Esse trechão aí embaixo é fielmente o que venho sentindo. Poucas vezes uma música me marcou tanto. Tá, "Go West" dos Pet Shops Boys não vale, nem "Believe" da Cher, ou qualquer obra de Clara Nunes. (risos)

Agora eu sei exatamente o que fazer
Vou recomeçar, poder contar com você
Pois eu me lembro de tudo irmão, eu estava lá também
Um homem quando está em paz não quer guerra com ninguém
Eu segurei minhas lágrimas, pois não queria demonstrar a emoção
Já que estava ali só pra observar e aprender um pouco mais sobre a percepção
Eles dizem que é impossível encontrar o amor sem perder a razão
Mas pra quem tem pensamento forte o impossível é só questão de opinião


E disso os loucos sabem
Só os loucos sabem
Disso os loucos sabem
Só os loucos sabem


Louco é quem me entende.
E eu prefiro ser louco.


O medo cega os nossos sonhos.

Ai, Chorão, você é um poeta.

9 de junho de 2011

Sobre ter atenção

Cada dia que passa ganho mais funções no trabalho. Sinceramente, não sei se é bom ou ruim.

Legal, minha chefe sente confiança mim o suficiente para me encher de tarefas cascudas.
Merda, se eu fizer alguma besteira coloco tudo a perder.
E agora preciso de algo que nunca tive na vida: atenção. Sim, sou uma pessoa sem atenção na hora de fazer as coisas e não sei como estou conseguindo dar conta de tudo que me é passado. Até agora.

Sempre tive responsabilidade, mas nunca me valeu de muita coisa. Agora tenho que ter foco.


Sim, eu. Que pego ônibus pela cor.

7 de junho de 2011

Aquele da sensação.

Me sentindo sem rumo.
Me sentindo sozinho.

Queria dormir e acordar em outro lugar.

Não sei explicar, sei lá. É o que sinto.

6 de junho de 2011

Aquele da carta de amor.

Daí que meus pais completaram 29 anos de casado, nesse domingo que passou. E aconteceu algo que me deixou imensamente feliz. Meu pai tem certa dificuldade em externar o que sente, mas vem melhorando com o tempo. Só pra ilustrar essa última frase: até os meus 12, 13 anos, meu pai não beijava os filhos. Achava que virariam gays por causa disso. 

Pensamento de gente antiga.

Por minha insistência, ele começou a cultivar esse hábito. Hoje é um beijoqueiro de marca maior. 

Então, nesse domingo das Bodas de Erva, meu pai preparou uma surpresa pra minha mãe daquelas. Encheu a casa com cartinhas de amor. Escritas do próprio punho. E vários presentinhos que lembram casais de namorados. Minha mãe, acordou, minha mãe se surpreendeu, minha mãe chorou. Não li a carta ainda, onde ele renova os votos. Mas deve ser a coisa mais importante do mundo.

Minha mãe tá igual uma bobona. Meu pai tá igual um bobão.

É o amor maior do mundo.


4 de junho de 2011

Sobre os sobres.

Acabei de me dar conta que os títulos das minhas postagens são inspirados, na cara dura, de um blog que eu acompanho a tempos, que leio e releio sempre.


Adoro esse blog. Sem me tocar, homenageio Ângela.


A mente tem disso.

Sobre se libertar

Como era mais fácil quando eu não precisava me mostrar, não sentia a necessidade disso ...

Me esconder do mundo, me esconder de mim.

Cada um tem seu tempo e os meus ponteiros estão quase se encontrando. O que me espera, não sei. Prometo que registro aqui. Escrever e ler o que escrevo tem me ajudado muito. O sentimento de culpa está desaparecendo aos poucos. Não sei se é assim com todo mundo, comigo tem sido. O pensamento sempre volta pra esse assunto.

O dia todo fico suspirando. Parece até uma despedida. Quem sabe, é.

Sobre não se extressar

Impressionante como às vezes nos sentimos acuados. No que diz respeito à vários assuntos. Muitas vezes, o embate é desnecessário. Engolir sapos é uma arte, principalmente quando a causa é perdida. Como dialogar de maneira saudável como alguém tão radical: 

"Não tenho nada contra os gays, mas não aceito que eles se beijem dentro da sociedade, na frente de crianças, dando mal exemplo." [sic]

Alô? Como assim? É a velha história do preconceito disfarçado. "Dentro da sociedade" não pode, afinal, não pertencemos à ela. Estamos vagando pelo tempo-espaço das dimensões. "Mal exemplo" é algo que me incomoda mais do que ser alijado de uma sociedade misógina. No caso do autor dessa frase, especificamente, não entendi o sentido dela ser lançada no meio de um bate-papo entre "amigos" [porque depois dessa né?] num sábado à noite, onde o assunto sexualidade nem permeava a roda.

Frase solta. Ódio atrelado.

Esse é o tipo de pessoa que quero fora da "minha sociedade". 

Na hora de me despedir da galera, o autor da frase me dá um abraço forte e me beija o rosto, numa típica despedida de amigos. 

"Gosto de tu pra caramba", ele diz.

Sem reação esboço um até logo. Afinal, ele não tem nada contra mim. E vejo como é difícil esse processo de afirmação pessoal. Um dia eu consigo.


3 de junho de 2011

Sobre ser uma piada.

Se tem algo que aprendi na vida foi fazer piada de tudo. Isso sempre tornou as coisas mais fáceis. Claro, há momentos de sobriedade. Poucos, é verdade. Mas quando convém, sei ser sério.Uma vez ouvi de um senhor que quando fazemos piada de nós mesmos, nos aceitamos melhor. Quando algum problema vira uma gargalhada é sinal que já foi superado. Hoje, concordo plenamente.

Não fazemos piada daquilo que não nos conforta, do que não superamos. Rir é o melhor remédio, literalmente. E por meio do humor, consegui nortear minha vida. Tem gente que não se pode brincar, respeito. Em outras ocasiões, quebrar o gelo com um comentário infame é a porta de entrada para um momento agradável, que pode gerar amizades longas. Váááárias vezes, isso ocorreu comigo. E ocorre ainda. Dos meus grandes amigos, com todos o primeiro contato foi algum tipo de galhofa. Gosto disso.

Pra fazer rir é preciso se desarmar. Claro, acontecer coisas estranhas contigo também ajuda. Sempre rola algo cômico comigo e gosto de passar adiante minhas desventuras. Às vezes, é algo simples. Mas que se torna hilário por um olhar, um gestual, uma careta minha. E não é forçado. Até porque meus momentos de mau humor, que não são poucos, são permeados por ironia. Encontrei um jeito de seguir em frente e não sairei desse rumo.

Minha gargalhada não mascara minha tristeza. Mas não deixo que minha tristeza interfira no meu sorriso.

Ao contrário do palhaço, eu choro. Ao contrário do palhaço, eu rio.


Te amo, galhofa.

Sobre os outros.

Não é fácil.
Não deve ser fácil.

Nunca sofri nenhum tipo de constrangimento, não diretamente. Aliás, deixa eu melhorar essa frase. Nunca sofri nenhum tipo de agressão, fisico ou verbalmente. No meu ciclo de amizades e coleguismos, eu constato isso.

Como diria um samba antigo: "Bate batéia, na peneira fica o ouro, o que cai não é tesouro, deixa a água carregar"

Alguns se afastam, outros se aproximam como nunca. Curioso isso. Sempre pintamos o monstro como invencível. Mas nos surpreendemos quando a atitude positiva de alguém nos marca. Nos alegra, nos fortalece.

Ruim é quando esperamos algo positivo e a decepção se instala. Quem você achava que te entenderia, te estenderia a mão. Se tornar um conhecido. Um rosto sem emoções. Um totem.

Não lamento perder relações. Só me arrependendo de ter valorizado somente agora, algumas.

E desse ouro, farei meu tesouro.

2 de junho de 2011

Sobre o blog.

Poderia ser "Diário de um viado".


E sem nóia, please. Omo-fobia aqui não. Apesar d'eu usar Surf.

Viado tem disso.

Sobre descaralhar.

Engraçado como só agora percebo como vivi numa transparência translúcida.
Pouca luz ultrapassava a vidraça que era minha vida.
Hoje vivo sem vidros. Até porque teto de vidro quebra. Mas o curioso é que:
As palavras saem da minha boca sem preocupação mais.

Diálogo entre eu e um colega dia desses:

"Fernando, dia dos namorados chegando... sente falta de uma namorada não?"
"Não. Sinto de um namorado."

*BOOOOM!*

E é assim. Sem freio. Quando notei o que tinha dito, o choque já permeava a expressão do meu interlocutor. Mas nem liguei, com a maior carão do mundo, balancei a cabeça confirmando o que tinha dito. Deve ser estranho ouvir isso sem mais nem menos. Mas acho que será uma rotina.

Descaralhei.

1 de junho de 2011

Sobre se assumir.

Nada conta você.
O bagulho é comigo.
Nada por você
O bagulho é comigo.

Não é um problema.
Não é uma barreira.
O boicote é comigo.

Se hoje eu te falo, de cara lavada.
De sorriso no rosto e alma desarmada.
É porque confio em você
Você me faz bem.
Quero repartir contigo.


E porque quero que comigo, caminhe junto.
Pois por muito tempo andei sozinho.
Não era nada contra você.
O bagulho era comigo.

Hoje, vejo que posso confiar.
Sem mudar, mas transformar.
Não tenho mais máscaras.

Assumido, estou.
Amigo seu, eu sou.
Vamos caminhar juntos?

30 de maio de 2011

Sobre não entender

Como entender algo que ninguém te explica.
Nem você consegue explicar o que não entende.

Você sabe que é diferente. Mas diferente em quê?
Você sabe que os outros são diferentes. Mas diferentes em quê?
Você tenta ser igual aos outros, mas porque que a igualdade é boa?
Não encontrando resposta na igualdade, vê na diferença uma saída.
Por ser diferente, você se isola.
E o isolamento é como um casulo. Cada diferente tem seu tempo.
Tempo para romper o casulo.
Tempo para entender o que ninguém te explica.
Tempo para saber que errados são eles, que não te entendem diferente.
Por não ser igual, você cresce.
Não sozinho. Mas as pancadas são individuais.
Ninguém pode tomar as pancadas por você.
Ninguém deve tomar as pancadas por você.
Se medroso eu era, temeroso eu fico.
Porque não tenho coragem? De onde sai a coragem?
A coragem a gente constrói.

Sobre não entender? Não sei.
Mas um dia a gente precisa viver.

29 de maio de 2011

Quando amanhecer será...

...para iluminar você!

Não gosto de meninas

 
Melhor vídeo do mundo.

Its gets better.

Esse blog surge num momento de pura ebulição. De ideias, pensamentos, sentimentos, experiências. Não espero nada dele, assim como não espero nada de mim.

Essa frase do topo eu digo pra mim todos os dias. E tem dado certo. Minha vida vem mudando radicalmente, não achava que seria tão rápido assim. E me mostrando vem as coisas positivas e negativas. Não espero ajudar ninguém a não ser eu com as postagens que pretendo fazer. Me entender, me compreender, me libertar. Escrever eu gosto. Ler o que eu escrevo, também.

Se hoje foi um dia difícil, amanhã não será.
 

Vai melhorar, eu juro.