4 de junho de 2011

Sobre não se extressar

Impressionante como às vezes nos sentimos acuados. No que diz respeito à vários assuntos. Muitas vezes, o embate é desnecessário. Engolir sapos é uma arte, principalmente quando a causa é perdida. Como dialogar de maneira saudável como alguém tão radical: 

"Não tenho nada contra os gays, mas não aceito que eles se beijem dentro da sociedade, na frente de crianças, dando mal exemplo." [sic]

Alô? Como assim? É a velha história do preconceito disfarçado. "Dentro da sociedade" não pode, afinal, não pertencemos à ela. Estamos vagando pelo tempo-espaço das dimensões. "Mal exemplo" é algo que me incomoda mais do que ser alijado de uma sociedade misógina. No caso do autor dessa frase, especificamente, não entendi o sentido dela ser lançada no meio de um bate-papo entre "amigos" [porque depois dessa né?] num sábado à noite, onde o assunto sexualidade nem permeava a roda.

Frase solta. Ódio atrelado.

Esse é o tipo de pessoa que quero fora da "minha sociedade". 

Na hora de me despedir da galera, o autor da frase me dá um abraço forte e me beija o rosto, numa típica despedida de amigos. 

"Gosto de tu pra caramba", ele diz.

Sem reação esboço um até logo. Afinal, ele não tem nada contra mim. E vejo como é difícil esse processo de afirmação pessoal. Um dia eu consigo.


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