Engraçado como só agora percebo como vivi numa transparência translúcida.
Pouca luz ultrapassava a vidraça que era minha vida.
Hoje vivo sem vidros. Até porque teto de vidro quebra. Mas o curioso é que:
As palavras saem da minha boca sem preocupação mais.
Diálogo entre eu e um colega dia desses:
"Fernando, dia dos namorados chegando... sente falta de uma namorada não?"
"Não. Sinto de um namorado."
*BOOOOM!*
E é assim. Sem freio. Quando notei o que tinha dito, o choque já permeava a expressão do meu interlocutor. Mas nem liguei, com a maior carão do mundo, balancei a cabeça confirmando o que tinha dito. Deve ser estranho ouvir isso sem mais nem menos. Mas acho que será uma rotina.
Descaralhei.
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